"A Triste História de Píramo e Tisbe" leva centenas de pessoa a praça

A manhã e à tarde de São José do Goiabal e Baixa Verde, respectivamente, foram marcados pela simplicidade, o romantismo e o charme do espetáculo “A Triste História de Píramo e Tisbe”, da NOSSA CIA, com participação de atores da CIA DOCE – companhias criadas através projeto Caixa Clara - Teatro no Vale do Rio Doce.

A apresentação conta a história de dois jovens belos e muito apaixonados, Píramo e Tisbe, que queriam muito casar, porém seus pais não permitiam.

Esses jovens moravam em casas vizinhas, separadas por uma parede. Nessa parede havia uma fresta onde os apaixonados trocavam palavras de amor. Em certo dia, se encontraram a noite e decidiram que a única alternativa que tinham para ficar juntos era fugir de suas casas e então combinaram de se encontrar no túmulo de Nino, fora dos limites da cidade, ao pé de uma amoreira branca e próxima a uma fonte refrescante.

Tisbe chegou primeiro ao local e de repente uma leoa chegou bem próximo com a boca ensangüentada querendo se molhar na fonte. Tisbe correu e escondeu em uma gruta, deixando seu véu cair sobre a terra. A leoa viu o véu e o rasgou com os dentes ensangüentados.

Quando Píramo chegou e não achou Tisbe, viu as pegadas do felino e o véu de sua amada todo rasgado e ensangüentado, se desesperou e decidiu morrer por causa da amada, desembainhou sua espada e feriu o próprio coração.

Quando Tisbe retornou ao local se deparou com o amado morto, entendeu a situação e decidiu também morrer junto com ele. Segundo a mitologia, foi por causa do sangue dos apaixonados que foi derramado aos pés da amoreira que os deuses se comoveram e decidiram dar a cor vermelha às amoras.

Estima-se que pelo menos 500 pessoas tenham assistido à peça nas duas cidades. Um espectador comentou que, a atração teatral foi uma oportunidade de enriquecimento para as cidades. “Infelizmente, as cidades, principalmente, Baixa Verde são privadas de atrações como essas e as companhias de teatro tem dado a população uma oportunidade de conhecer e despertar o gosto por essa forma de cultura”, disse.

De cunho simples, porém com a essência rica, a peça encantou os espectadores presentes no espetáculo. De olhar atento às cenas seguintes, a estudante Geise Soares, de 14 anos, revela o seu interesse por teatro. “Ah, sempre gostei de teatro. E a peça, além de ser um pouco engraçada, me mostrou com riqueza de detalhes que esse meio cultural tem só a crescer em nossa cidade. Quero parabenizar os atores, o diretor e todos envolvidos nessa peça. Parabéns”, diz Geise, sem pestanejar.

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